sexta-feira, 29 de julho de 2011

Reinventar, sempre


       O mundo vem assistindo há alguns anos ao espetáculo do Cirque du Soleil, um verdadeiro divisor de águas no segmento do espetáculo circense. Seus idealizadores e os profissionais conseguiram o que parecia impossível: reinventar o mundo do espetáculo com doses de inovação sem limites. Concentração, criatividade, inovação, perseverança, determinação, trabalho em equipe e compartilhamento de idéias são características encontradas nos membros do cirque, e citados por John Bacon no livro A reinvenção do espetáculo, que conta a história de uma trupe de acrobatas desconhecida há 20 anos.
       A paixão algo arrebatador e traz mudanças. Aumenta endorfinas e catecolaminas, estimula a coragem e levam as pessoas a ousarem em busca de sonhos e de ideais. É difícil e raro encontrar pessoas com paixão pelo que fazem, mas é fácil identificá-las entre aquelas que parecem nada fazer alem de sua obrigação. Com a paixão encontramos alegria naquilo que nos propomos a fazer, mesmo diante das dificuldades que fazem parte do processo de qualquer trabalho e da vida de qualquer pessoa.
       É possível desenvolver um trabalho com criatividade, emoção, e paixão, mesmo estando distante do mundo do espetáculo? O que podemos aprender com eles e que sirva para nossas atividades e para nossas vidas? Na vida como no trabalho, representamos diversos papéis (de pais, avós, cônjuges, tios, filhos, netos e amigo), e, principalmente, o que desempenhamos quando escolhemos nossa profissão. Bacon diz: “Temos que encontrar algo que seja tão importante para nós de modo que possamos construir nossa vida em torno disso”. Esta é, certamente, a essência dos profissionais de destaque das organizações de sucesso. Pouco importa a profissão que escolhemos. Não existe nenhuma que possa ser considerada melhor ou mais nobre do que a outra. Todo trabalho é digno. O essencial é o entusiasmo e a plenitude que colocamos naquilo que fizermos. Este diferencial é que faz com que organizações, serviços e instituições tenham possibilidade de ser reinventados.
       O que tem um circo, uma orquestra, ou um hospital em comum é mais do que um espaço de trabalho. O que existe similar é o desenvolvimento de produtos em equipe, principalmente, com esse espírito. No Cirque du Soleil,  não existe o artista principal. O mesmo pode ser dito a respeito de nossas atividades no Mater Dei. Todos os colaboradores, médicos e demais profissionais são importantes para que o resultado final se traduza em nossa razão de existir, que é o compromisso com a qualidade de vida. A reinvenção do espetáculo circense foi a saída do cirque, para fascinar as platéias do mundo inteiro e conseguir chegar ao sucesso. Reinventar serviços, processo, indicadores e equipamentos são ações necessárias e essenciais a qualquer empreendimento. Mas, para superar as expectativas dos clientes, além da capacidade técnica, da atenção da criatividade e envolvimento com aquilo que executamos, é necessário colocarmos também nosso coração numa atitude ética.
       Ao final do espetáculo, os artistas do cirque costumam retirar as máscaras, por acreditar que desta forma revelam aos espectadores o lado mais humano e a alma de cada um deles. Tentam mostrar que, na verdade, são semelhantes a nós. “Se a gente consegue fazer essas coisas, vocês também podem” dizem sempre. Façamos, pois, como eles: além de trabalhar com determinação e entusiasmo, possamos nos permitir confiar o suficiente em nossa imaginação, para deixarmos que ela se desdobre nas mais variadas iniciativas e realizações.” 

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